quinta-feira, 27 de setembro de 2007

"Um estudante brasileiro no exterior: impressões do cotidiano", por Breitner Tavares


A classe da hiperclasse

Pois é…já se vão quase três meses.
Hoje passei o dia escrevendo resenhas “sumaries”. Após terminada a tarefa, home work, resolvi escrever de forma rasteira, como se eu quisesse simplesmente ter uma conversa na esquina com uma pessoa qualquer que estivesse passando, ou algo do tipo. É claro que nesse caso estamos mais para uma encruzilhada, que para uma esquina, mas em todo caso, que seja ao menos uma esquina digital.
Aqui, em São Francisco, estou tendo a grande oportunidade de estudar inglês como parte de um programa de doutorado sanduíche, custeado pela Comissão Ford apoiada de Ford International Fellowship Program.
Tenho freqüentado aulas de inglês na University of San Francisco, dentre várias atividades temos que desenvolver habilidades no que se refere à escrita e leitura em inglês. Meus colegas são em geral estudantes internacionais vindos da Ásia, China, Tailândia, Japão e principalmente Coréia do Sul. Há também uma israelense, um Saudita e uma Alemã. Em geral eles têm entre 18 e 24 anos. Eles desejam prestar exames para admissão em universidades americanas, todos jovens com grandes expectativas. Dentre os cursos mais ambicionados por eles estão marketing, accountability e o mais procurado: business and management, infelizmente, não encontrei ninguém interessado em ser sociólogo. Parece que esta carreira soa meio “old fashionable” para essa geração, mais interessada nos fluxos internacionais da crescente hiperclasse mundial. Ao que tudo indica, essa juventude internacional irá compor os quadros burocráticos, os withe collars da administração da circulação de capitais de seus paises num futuro próximo. San Francisco é mais uma cidade global, que tem sua história de riqueza primeiramente, ligada a extração do ouro, mas que agora sede ao “ouro tecnológico” do Vale do Silício.
Um professor de TOEFL, numa de suas aulas, tentou didaticamente nos explicar como funciona a estratificação social em San Francisco. Primeiro, ele nos advertiu que “classe” seria um assunto tabu nos EUA, ou seja, nada de ficar se expondo quanto a sua posição de renda, ou mesmo, tocar no assunto finanças numa conversa no espaço público. Por outro lado, poder-se-ia observar facilmente o sistema de distinção de classe através daquilo que os americanos mais apreciam: os carros. Há uma posição geral de que os pobres se deslocam em transporte público (isso ainda seria um privilégio, pois em outras cidade americanas é comum a inexistência de transporte público), a classe média nos Toyotas Corola e Hondas Civic, os mais abastados estariam ostentando seu Mercedes Benz e BMW. A ética do trabalho e da acumulação é algo central na cultura americana. Além disso, tal ética, como não poderia ser diferente, está centrada no esforço individual. Isso ajuda a compreender melhor o tabu, quanto à discussão aberta sobre “posição classe”. Finalmente, antes que a aula terminasse recebemos ainda, uma referencia a respeito do escrito Horatio Alger(1832- 1889), escritor americano de contos infantis que sempre narra estórias em que, o protagonista tem um sonho, um objetivo, mas que sofre duras penas antes de alcançá-lo. O final para aqueles que se submetem ao esforço do trabalho duro é a recompensa do sucesso. Portanto, Alger seria o escritor referencial para aquilo que conhecemos como o Americam dream.
Esta semana lemos um pequeno texto de Richard Magee Staring Eyes See Stereotypes, Not a Person de um magazine chamado YO! . O texto é basicamente a manifestação, de um jovem negro, um escritor, bem sucedido na escola e na vida social de sua comunidade, mas que ao se deslocar para outras localidades de San Francisco eventualmente era observado com temor e /ou ameaça, simplesmente por ser negro. Magee era literalmente expulso de seu próprio mundo, ou mundo que ele pensava pertencer. Diante disso, daí ele questiona: “How can you fell at home when people are constantly telling you to get back to Africa or México- or just back to where you belong?”
Em geral, ele considera que sua atitude em tempos passados era explosiva, mas que o amadurecimento sobre a questão do racismo o levou a uma atitude mais racional, mas não menos combativa. Ele menciona um tio que chegou a imprimir numa camiseta a frase No withe lady, I don’t want your purse. Para o autor, a ironia e a crítica mordaz passaram a ser freqüentes companheiras para enfrentar aquilo que ele chamou de “milhares de pares de olhos que dizem para você, em sua própria cidade, que você não é bem vindo”. How can you even consider your own city home when everyday a hundred of eyes tell you you’re not welcome?
Nossa professora, uma nova-iorquina, filha de migrantes italianos e casada com um equatoriano, nos sugeriu, que nos reuníssemos para então discutirmos o polêmico tema relacionado ao racimo na América. Foi nesse momento, que comecei a perceber, me dar conta, que eu não tinha colega ao meu lado. Eu explico melhor. Todos escolheram sentar-se com pessoas que falam sua mesma língua, mandarim, japonês, coreano. Então sobrou o português, aliás, sobrou o brasileiro. A professora meio constrangida recomendou-me que eu buscasse um grupo para discutir o tema. Acabei ficando num grupo de uma israelense negra e uma chinesa. Então quando me aproximei, a garota chinesa passou, com toda sua sinceridade a expor sua posição favorável à idéia de que os negros realmente causavam temor nas pessoas. Eles falavam um inglês que, segundo ela, era incompreensível. Inutilmente, tentei explicar que em São Francisco há pessoas falando várias línguas diferentes e que os negros tinham além do inglês corrente, tinham sua própria língua. Contudo, antes que eu perdurasse um pouco mais na minha retórica, ela me interrompeu para reiterar que além de não falarem um inglês aceitável, os negros não sabiam se vestir. Para ela, eles seriam realmente perigosos. A garota negra não disse nada, a não ser que já tinha sido assediada no ônibus outro dia por um rapaz negro, e que tinha ficado muito assustada, indo chorar nos braços de seu namorado brasileiro, branco, filho de imigrantes italianos. Poucos instantes depois, a professora acionou um sinal sonoro, informando que já havíamos discutido suficientemente o tema e que vocabulário (e os valores Americanos) se adquire com o tempo. Era hora de passarmos a outra atividade. Após o chamamento, levantei-me e voltei para meu confortável e solitário lugar (na sala de aula) em San Francisco. Eu me senti um pouco como o rapaz da história, que se sentia meio outsider em sua própria cidade.
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2 Outsider city: Multiculturalismo hoje _____________________________________________

Breitner Tavares é doutorando em sociologia pela Universidade de Brasília - UnB e bolsista internacional da Fundação Ford e Comissão Fulbright. Atualmente, desenvolve seu trabalho de pesquisa na Universidade de Berkeley – Califórnia, na condição de visiting scholar, no departamento de Estudos Étnicos. Breitner tem se dedicado a estudar formas de orientações coletivas em espaços segregados no Distrito Federal, como em Ceilândia-DF, cidade em que nasceu.

Doctorate student in Sociology at the University of Brasília – UnB. The author has a Ford Foundation International Scholarship and a Fulbright Fellowship. Nowadays, the author is a visiting scholar at Ethnics Studies department at UC. Berkeley - California. Breitner have studied about social presentation and its relationship with space in Brasília.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Brasília e seu idealizador, Lucio Costa



Filho de pais nascidos em Salvador e Manaus, e residentes no Rio de Janeiro, Lucio Costa nasceu em 27 de fevereiro de 1902, em Toulon, na França, em razão das longas estadas do pai na Europa, a serviço do governo brasileiro.

A sua família se mudou definitivamente para o Brasil em 1916, num navio às escuras para escapar dos submarinos alemães em plena Primeira Guerra Mundial. Contava ele com 14 anos.

Em 1923 diplomou-se em arquitetura pela Escola Nacional de Belas Artes.

Foi numa visita informal a uma residência em reforma, para onde se dirigira a fim de verificar sem compromisso o andamento da obra, que se deparou pela primeira vez com Julieta, apelidada de Leleta.
Conforme relataria mais tarde, ela estava atirada ao chão, ocupada em afazeres domésticos, “com uma florzinha de manacá nos cabelos”.

Os caminhos do jovem arquiteto e da moça que emanava beleza e elegância se encontravam e passariam, em breve, a se tornar um. Em 1929, Lucio Costa e Julieta Guimarães se casam numa cerimônia simples. Passam a morar, por alguns anos, na casa de verão do sogro, em Correias, simpática cidade perto de Petrópolis. Nascem as duas filhas do casal, Maria Elisa, filha mais velha, e Helena.

Em 1930, aos 28 anos de idade foi nomeado diretor da Escola Nacional de Belas Artes, além de montar, em parceria com outro arquiteto, o seu próprio escritório.

Porém, às vezes, interrompia o percurso profissional e recolhia-se em si mesmo. Num desses períodos, de 1932 a 1936, que ele chamou de chômage (em francês, desemprego), rejeitou todos os projetos que lhe pediam. Aproveitou o período para estudar a fundo a obra dos fundadores da arquitetura moderna.

Foram anos de crise intelectual, porém fundamentais na sua formação.

“Muitos arquitetos se revelam num período de sucesso. Eu me formei no fracasso”, escreveria mais tarde, “É justamente quando a perplexidade atinge seu clímax que novas perspectivas se abrem de repente em meio à configuração intrincada e ilógica dos acontecimentos, e tudo parece, de novo, fácil e claro.”

Em 1937 assumiu a direção da Divisão de Estudos de Tombamentos do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Com sua entrada no Iphan acabou por abandonar o escritório profissional. Sua mesa era ao lado do poeta Carlos Drummond de Andrade. Dentre seus principais trabalhos neste período configuram o projeto do Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro, - conhecido hoje como Palácio da Cultura -, inaugurado em 1945, e a participação na comissão encarregada de analisar os projetos para a sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em Paris, nos anos de 1952 e 1953.
Num fim-de-semana, no ano de 1954, a família arrumou as malas e tomou a direção do distrito de Correias, na serra fluminense, onde costumava descansar. Uma tarde de mormaço, que logo virou chuva de final de verão. De repente, o carro deslizou e foi de encontro a uma árvore. Julieta, mulher de Lucio, foi apunhalada pela alavanca de mudança, que era presa ao volante do automóvel. Teve morte instantânea.

Ele se culpou o resto da vida, acreditando ter cochilado alguns segundos na direção, embora haja indícios de que os pneus tenham perdido a aderência à pista molhada. As filhas tentaram em vão convencê-lo de que havia sido uma fatalidade. "Foi um cochilo meu, idiota. Que maldade do destino!", lamentava-se.

Muitos anos depois do ocorrido, o poeta Thiago de Mello testemunhou a dor do amigo. Ele havia ido visitar o arquiteto, em seu apartamento, no Leblon. Conversavam, Thiago andava pela sala até que parou e ficou contemplando o retrato na parede. Comentou: ‘‘Como era linda, Lucio, a sua mulher!’’. Ele sorriu suavemente, se calou e, em seguida, calmamente, passou a contar ao amigo as circunstâncias do acidente. Chorava. Guardou, por 44 anos, a dor de ver sua amada morrer num acidente com o carro que ele dirigia.

Em 1957, atendendo a um sonho do então presidente Juscelino Kubitschek, um concurso para propostas de projeto para a construção da futura capital, Brasília, é realizado.

A idéia de planejar uma nova cidade atrai Lucio Costa. Trancado em si mesmo, precisou de pouco mais de três meses para criar um novo mundo.

No dia 11 de março de 1957, a filha do arquiteto desceu às pressas de um velho Citröen, enquanto o pai a esperava no carro, rente à calçada do prédio do então Ministério da Educação e Saúde Pública, no centro do Rio. Faltavam dez minutos para o encerramento do prazo de entrega dos projetos do concurso do Plano Piloto. A moça subiu ao saguão do Ministério, entregou o projeto, apanhou o recibo e foi embora.

O júri era formado por seis membros, - renomados arquitetos, urbanistas e críticos de arte. O que viram foi, de início, constrangedor. Lucio Costa já era, à época, um dos grandes nomes da arquitetura brasileira. Mas os rabiscos toscos feitos a lápis de cor, pequenos desenhos a nanquim e um texto batido a máquina pareciam brincadeira de criança diante de maquetes, croquis, quadros de alumínio - recursos sofisticados que compunham os projetos já entregues.

Uma semana depois, no dia 16 de março de 1957, o júri consagrou, dentre os vinte e cinco, o mais mal-apresentado dos projetos, um trabalho de feição amadora, sem um único cálculo.
Sem equipe e com poucos desenhos, mas munido de um belíssimo memorial descritivo, o projeto de Lucio Costa foi considerado pelo júri o único adequado a uma capital. A proposta aliava monumentalidade e clareza. Na era do automóvel, suprimiu, com o uso de trevos, os cruzamentos nas vias.

O poeta Carlos Drummond de Andrade ao ver os traços comentou “era rabisco e pulsava”.
Na introdução do memorial descritivo, escreveu Lucio Costa:
“Desejo inicialmente desculpar-me perante a Comissão Julgadora do Concurso pela apresentação sumária do partido aqui sugerido para a nova Capital, e também justificar-me.
Não pretendia competir e, na verdade, não concorro, - apenas me desvencilho de uma solução possível, que não foi procurada mas surgiu, por assim dizer, já pronta.
...E se processo assim candidamente é porque me amparo num raciocínio igualmente simplório: se a sugestão é válida, estes dados, conquanto sumários na sua aparência, já serão suficientes, pois revelarão que, apesar da espontaneidade original, ela foi, depois, intensamente pensada e resolvida; se não o é, a exclusão se fará mais facilmente, e não terei perdido o meu tempo nem tomado o tempo de ninguém.

É assim eficiente, acolhedora e íntima. É ao mesmo tempo derramada e concisa, bucólica e urbana, lírica e funcional. O tráfego de automóveis se processa sem cruzamentos, e se restitui o chão, na justa medida, ao pedestre”. (Da Introdução do memorial descritivo apresentado por Lucio Costa).

O criador de Brasília não gostava de acompanhar obra, - cultivando até certo desinteresse pelo dia-a-dia bruto de uma construção. Nos três anos, seis meses e 18 dias que durou a construção, Lucio Costa veio poucas vezes a Brasília.

Para aquele que perde um ente querido de modo inesperado, antes da hora, as celebrações perdem a cor, e transformam-se em ocasiões em que a lembrança da pessoa amada se faz mais intensa. Por causa desta lembrança, Lucio Costa não veio à inauguração de Brasília.

Na quinta-feira, 21 de abril de 1960, dia de festa na novíssima capital, acordou especialmente triste, com saudades da mulher que havia morrido seis anos antes. Era uma dor intermitente, talvez ininterrupta.

Nos anos seguintes, elaboraria diversos outros projetos.

Lucio Costa dedicou a sua vida à busca de uma identidade brasileira.

O único patrimônio que acumulou para si era o modesto apartamento onde morava num prédio de cinco andares, à beira da Praia do Leblon, em meio a pilhas de jornais, fotos, cartas, textos e desenhos. Viva com uma aposentadoria de R$ 1.400,00 por mês.

Numa das suas últimas entrevistas, em 1997, aos 95 anos de idade, diante da pergunta “Quais são seus planos para o futuro?”, respondeu:
“Morrer, simplesmente. Sonho com uma sepultura no cemitério São João Batista, que já existe. Comprei duas sepulturas no São João Batista, para minha mãe e meu pai. Pretendo ficar lá.”
Foi nesta época que escreveu a seguinte recomendação num bilhete:
“Não me internem. Lugar de morrer é em casa.”

Foi contemplado com a benção de atingir a idade avançada completamente lúcido, embora sofresse com o glaucoma, que não lhe permitia mais olhar a paisagem que tanto apreciava.
Em 13 de junho de 1998, por volta das 09:00 horas da manhã, faleceu, aos 96 anos, em sua residência no Leblon, na cidade do Rio de Janeiro.

“Foi enfraquecendo até que, certa manhã, sentou-se para tomar café. Bebeu três colheres e se apagou, de mansinho", lembra a filha Maria Elisa.

Helena, a filha mais nova, relata a seguinte recordação dos últimos momentos ao lado de seu pai:
“Há muitos anos atrás você contava que o Aleijadinho, já muito doente, pedia que o Senhor lhe pisasse os seus divinos pés. Quando você já estava na última etapa da sua vida, aquela fase tão sacrificada, entrei no seu quarto e fui acolhida com uma expressão tão carinhosa, que se tornou inesquecível para mim”.

Autor da única obra contemporânea que é Patrimônio Cultural da Humanidade, incluída no que a Unesco define como herança do Planeta.

Membro honorário da Académie d'Architcture, do Royal Institute of British Architects, e do American Institute of Architets; agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Harvard; condecorado com a maior honraria do governo francês, a Legião de Honra, no grau de “Commandeur”.

Homem de longos silêncios, avesso ao espetáculo, inimigo do espalhafato, e, até por isso, personagem pouco conhecido da maioria dos brasileiros, mesmo daquela parcela instruída e atenta.

Teve um sepultamento singelo - amigos, familiares. Pouquíssimas autoridades compareceram.
Criou uma teoria que combina humanismo e tecnologia. Pintou, escreveu, desenhou, criou roteiro de filme, rabiscou caricaturas, projetou cidade, bairro, prédios, casas e móveis, colecionou soldadinhos de chumbo, fez amigos, filhas, netos, bisnetos. E amou Leleta.
Tinha modos inacreditavelmente desprovidos de vaidade.

Corria o ano de 1960, Lucio Costa viajava com as duas filhas pela Grécia, de carro, quando comoveu-se com um mochileiro que pedia carona. Ao saber que a generosa família era brasileira, o caroneiro - alemão, estudante de Medicina - desandou a falar, entusiasmado, sobre Brasília, a cidade modernista inaugurada havia pouco no distante Brasil. Depois que o rapaz desceu do carro, as filhas de Lucio comentaram, surpresas: “Mas papai, você nem ao menos disse que o plano da cidade foi seu!”

Anos antes, Carlos Drummond de Andrade escreveu uma crônica sobre o convívio de doze anos com o colega de repartição Lucio Costa - os dois trabalhavam no Iphan. Falavam-se pouco, admiravam-se muito. Quando cruzavam no corredor, às vezes conversavam; quase sempre, não. Lucio Costa mantinha-se calado e Drummond respeitava esse silêncio “como se respeita o silêncio das igrejas”.

O genial arquiteto jamais demonstrou nenhuma ânsia de sucesso, não alimentando “essas preocupações de figurar como evidência pessoal. Nunca tive essa ambição, de querer estar em evidência. Se tive alguma evidência, é apesar de mim e não por culpa minha”.

O seu maior legado foi uma vida repleta de amor, respeito, generosidade, carinho, e senso de humor.

Numa das suas últimas entrevistas pediram que ele se definisse. A sua resposta foi simplesmente: “um homem bom”. Como se afirmasse que tudo mais, - títulos e troféus, condecorações e honrarias -, acaba passando...

“O meu amigo padecia de indignidade moral contra tudo que fere a beleza da dignidade humana. Era a pessoa mais delicada que já conheci. Era a delicadeza em toda a sua riqueza e profundidade. O respeito que tinha por si próprio e pelo seu trabalho lhe advinha do superior respeito pelo ser humano. Por toda e qualquer pessoa que conhecia.”
Thiago de Mello
poeta amazonense

Lucio Costa pertenceu a uma geração de intelectuais que vislumbraram o Brasil como nação desenvolvida.

Encantados com suas potencialidades, e conscientes do imenso desafio, contribuíram, cada qual, juntando o melhor de suas habilidades, para um projeto de país.

Homem de seu tempo por excelência, Lucio Costa, com seu legado, provoca-nos lembrando a nossa capacidade de encontrar soluções ontem, hoje e sempre.

O legado deixado por Lucio Costa testemunha sua imensa, atuante e definitiva fé no Brasil:
“Um país precursor, acho que vai ser, dará o seu recado no tempo certo, porque não tem vocação para a mediocridade.”

A organização Casa de Lucio Costa cuida do acervo e da memória do arquiteto e urbanista.

http://www.casadeluciocosta.org/

Formatação: um_peregrino@hotmail.com

domingo, 16 de setembro de 2007

Práticas e políticas para imigrantes internacionais: leituras e propostas


O Seminário discutirá pontos como políticas públicas para imigrantes, o diagnóstico da questão na América Latina, a mídia e a imigração, entre outros temas. Entre os participantes estão representantes da rede Miurbal de diversos países, estudiosos do tema de universidades e centros brasileiros e especialistas. O Miurb/al é um observatório experimental de pesquisa que tem como principal objetivo colaborar no desenvolvimento de políticas e programas que promovam a cidadania aos imigrantes internacionais. Compõem o Observatório o Instituto Pólis, representante da cidade de São Paulo na rede, o Colégio da Fronteira Norte, da cidade de Tijuana (México), Universidade do Chile, de Santiago, a University of British Columbia de Vancouver (Canadá) e a Università IUAV di Venezia (Itália), institutição coordenadora do projeto. O seminário também irá marcar o lançamento, no dia 8 de outubro, do n.17 da Revista Cadernos Metrópole que traz o tema, Migração na Metrópole.


Para mais informações e inscrições, falar com Iara no telefone (11)2174- 6824 ou no email: iara@polis.org.br.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

"Sociedade de Esquina"


Resenha do texto: WHYTE, William Foote. Sociedade de Esquina. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2005.

Aos 22 anos de idade, William Foote Whyte, recém formado em economia, havia entrado para a Universidade de Harvard contemplado com uma bolsa júnior de três anos, para a realização de um trabalho acadêmico, sob condição de que não deveria o mesmo contar créditos para um curso de pós-graduação. Assim, ele decidiu em 1937, estudar uma comunidade pobre de imigrantes italianos em Cornerville, Eastern City, na realidade o North End de Boston, também conhecida como Little Italy. Seu objeto de estudo foram os rapazes de esquina, gângsteres e políticos. O que levou o autor a enveredar por esta temática, foi o fato de se perceber bastante insatisfeito com suas experiências insossas de rapaz bem sucedido de classe média, como ele mesmo diria “acabei por me sentir um tipo bastante banal”, com uma vida “sem aventuras”. E deste modo, se tivesse que escrever alguma coisa que valesse a pena, diz o autor: “teria de alguma maneira que ir além das estreitas fronteiras sociais de minha existência.” (p.285). E foi nessa saga que o autor acabou fazendo o doutorado em sociologia/antropologia na Universidade de Chicago, onde passou a lecionar em 1944. Foi diretor de pesquisa do programa de emprego da Cornerll University, presidente da American Sociological Association e da Society of Applied Anthropology. Também escreveu diversos livros principalmente sobre metodologia de pesquisa, tais como Learnig from the Field e Participant Observer.
O autor em seu trabalho de pesquisa estudou as gangues de esquina, as organizações mafiosas e policial, a organização política e a estrutura social. Todas elas foram descritas e analisadas em termos de uma hierarquia de relações pessoais baseada num sistema de obrigações recíprocas. Para o autor, estes são os elementos fundamentais com os quais são construídas todas as instituições em Cornerville. E ao contrário do que se cria, o problema das comunidades pobres do distrito não era falta de organização, mas o fracasso de sua própria organização social em se interconectar com a estrutura da sociedade à sua volta. Daí a explicação para o desenvolvimento das organizações políticas e mafiosas locais.

O livro foi dividido em três partes, tendo também uma introdução e anexos. A parte I tem como tema Rapazes da Esquina e Rapazes Formados. Nesta primeira parte, como ele via fazer também ao longo da obra, o ator opta por estudar as pessoas em particular, procurando ver como elas se relacionam umas com as outras em diversas situações com as quais se defrontam em suas carreiras. Ele define as pessoas estudadas na parte I como sendo os “peixes miúdos”, procurando perceber como elas organizam as atividades de seus próprios grupos, para depois situar esses mesmos grupos na estrutura social na segunda parte, onde ele analisa o que denominou de “peixes graúdos” (as organizações mafiosas e políticas). E com isso ele vai tentar responder a uma pergunta: o que faz de um homem um “peixe graúdo” e como ele se torna capaz de dominar os “peixes miúdos”?
Primeiramente, ao estudar os Norton, que eram a gangue de Doc, seu primeiro e principal mediador e informante na relação com as gangues, o autor percebeu que o boliche se tornara a atividade social mais significativa dos rapazes de esquina. O jogo contra o Clube da Comunidade Italiana, formado na sua maioria por rapazes formados e liderados por Chick, serviu para aumentar o entusiasmo dos Norton com relação ao boliche. “As classificações da temporada 1937-38 mostram uma correspondência muito próxima entre posição social e desempenho no boliche” (p.46). Daí o autor descobre que o desempenho de cada rapaz, estava intimamente ligado com a posição social no grupo. E associado a isso, a posição de um homem aos olhos de outros grupos também contribuía para manter a diferenciação social interna.
Ao analisar a estrutura e a mobilidade social entre os rapazes de esquina e os rapazes formados, estes se apresentam divididos em três níveis sociais, onde se encontram os rapazes de esquina na base; os rapazes formados, no topo; e entre eles, os intermediários, que podiam participar dos dois grupos. E mais, os formados estavam interessados acima de tudo, na ascensão social, ao passo que os rapazes de esquina, preocupavam-se sobretudo com a comunidade local. Assim se vê a amizade entre os rapazes formados do Clube da Comunidade e as garotas do Clube Afrodite, com quem se reuniam uma noite por semana no Centro Comunitário, e também promoviam por vezes atividades sociais em conjunto. As moças, segundo o autor, “circulavam numa órbita social diferente” (p.49), e os Norton, gangue dos rapazes não formados, as consideravam esnobes e presunçosas. E é por essa razão que quando os rapazes passaram a relacionar-se com o Clube Afrodite por intermédio do Doc, o jogo de boliche ameaçou dividir os Norton, devido a relação social de conflito com as mesmas. E Whyte diz que a associação com as garotas era, como no caso do boliche, um meio de ganhar, manter ou perder prestígio no grupo (p.57).
A posição social e a conduta de cada segmento também influenciaram a opinião dos assistentes sociais que estavam vinculadas ao Centro Comunitário. Este era constituído por pessoas de classe media alta de ascendência não italiana (quase todos ianques). E viam os rapazes de esquina como preguiçosos, numa sociedade em que a educação universitária é tida como extremamente importante para o progresso social e econômico. A concepção que os assistentes sociais tinham de suas funções era bastante evidente, diz o autor, eles pensavam em termos de uma adaptação numa única direção, que seria na concepção da Escola de Chicago, o processo de assimilação.
Ao se debruçar sobre os gângsteres e sua relação com os políticos, Whyte percebe que no caso de Cornerville, a principal função do departamento de policia não é fazer cumprir a lei, mas regular as atividades ilegais. Pois o policial se encontra sujeito a pressões sociais altamente conflitivas. Primeiramente porque muitos dos policiais cresceram no mesmo ambiente que os gângsteres, e segundo, porque socialmente, o policial de Cornerville tem mais em comum com a vasta maioria do povo que participa dos jogos ilegais e com os gangsteres que com os que demandam a aplicação da lei. E mais, as propinas pagas pelos gangsteres têm um peso que dificulta mais ainda o papel dos policiais na comunidade. E o autor identifica que para o policial, o mais fácil é agir de acordo com a organização social com a qual está em contato direto, e ao mesmo tempo, dar uma impressão à comunidade de que faz cumprir a lei, cujo resultado é amortecer os conflitos entre as organizações sociais divergentes. Porém isso não significa que a polícia e a organização ilegal entrem numa grande conspiração e concordem a respeito de uma política comum, pois as relações entre os mesmos se dão entre indivíduos, e as ações de ambos são resultado do hábito e do costume.
E o autor acrescenta que mesmo que um estudo possa revela certos padrões consistentes nas ações das pessoas, não é correto presumir que alguém as tenha planejado para serem como são.
A outra questão tem a ver com a própria compreensão do que seja crime para a comunidade. Ela traça uma clara linha divisória entre as atividades ilegais respeitáveis e as não respeitáveis. E neste caso, o jogo de azar é respeitável. E assim a conclusão do autor é que as organizações mafiosas funcionam em Cornerville como os negócios legítimos operam em outras partes. E que o gângster molda sua atividade copiando o homem de negócios, e até se esforça para ganhar respeitabilidade a fim de ser aceito pela sociedade de fora do mesmo modo como é aceito em Cornerville.
E quanto aos políticos, estes devem levar em conta a posição social dos gângsteres, que segundo o autor, em muitos aspetos é semelhante à daqueles. Os dois crescem em ambientes parecidos, têm influência sobre os mesmos grupos e têm muitos interesses em comum. Entretanto, apesar do enfraquecimento dos laços familiares entre a primeira e a segunda geração de imigrantes italianos na comunidade, o político deve contar com seu grupo familiar em suas campanhas. E aqui, os paesani, pequenas comunidades dentro da comunidade maior vinculados pelo lugar de origem na Itália, e que têm uma localização no espaço urbano bem definida, desempenham um papel importante na ascensão de qualquer político na comunidade. Ele não deve ignorar nem o papel destes, nem o dos lideres das gangues de esquina para sua eleição e carreira política em sua faze inicial.
Apesar de difícil de manter, a qualificação mais importante de um político é a de ser sempre fiel aos seus velhos amigos, à sua classe e à sua raça, e espera-se que melhore sua posição social apenas para servir a seu povo, o que acaba não se verificando na maioria das vezes.

Na conclusão o autor percebe que ainda que o lugar de morada do rapaz de esquina desempenhe um papel muito pequeno nas atividades grupais, sua vida, porém desenrola-se por meio de canais regulares e estreitamente delimitados. E que as ações realizadas explicitamente em nome da amizade revelavam-se parte de um sistema de obrigações mútuas. O líder do grupo se revela como o ponto central da organização de seu grupo para sua unidade ou sua desintegração, bem como para a relação do grupo com outros agrupamentos da comunidade.

O que o autor tenta mostrar em sua obra é justamente a desarticulação existente entre a sociedade americana tradicional, e a comunidade de imigrantes italianos que vieram aos EUA desde o final do séc. XIX. Essa desarticulação está no fato de a sociedade americana atribuir grande valor à mobilidade social, mas por outro lado dificultar a ascensão social ao homem de Cornerville. Primeiramente, porque o distrito onde se encontrava a comunidade era vista como caótica e “fora da lei”. E as pessoas de classe alta colocavam os italianos entre os imigrantes menos desejáveis. Esse preconceito resultou no surgimento do Homem Marginal. Esse bloqueio vinha dos dois lados. Seguindo a política republicana e buscando uma assimilação, o indivíduo se sentiria desleal e seria deixado sem apoio social por parte dos seus, seria marcado como uma pessoa inferior. E aí o autor sugere como solução alternativa que,“O ajuste deve ser feito em termos de ações. As pessoas de Cornerville se ajustarão melhor à sociedade que as circunda quando tiverem mais oportunidades de participar dessa sociedade. Isso significa provê-las de melhores oportunidades de participar dessa sociedade (...) de melhores oportunidades econômicas e também dar-lhes maior responsabilidade na direção de seus próprios destinos.” (p. 278).
Assim o autor conclui que é um equívoco considerar Cornerville como sendo uma comunidade desorganizada. Ela se encontra num fluxo, mas um fluxo organizado, apesar dos conflitos existentes no espaço urbano, resultantes da pobreza e da falta de reconhecimento social.
A obra Sociedade de Esquina, como um trabalho que se tornou um clássico para o estudo de comunidades urbanas, segue a mesma linha da Escola de Chicago. Se por um lado o trabalho foi defendido como tese de doutorado na Universidade de Chicago, por outro, o próprio Louis Wirth fez parte da banca examinadora, e insistiu que os teóricos dos estudos urbanos da época fossem incluídos no trabalho para que este fosse aprovado.

É uma obra que trouxe uma contribuição significativa para a sociologia e outras áreas das ciências sociais usando o método quantitativo, e mais precisamente com a técnica da observação participante. Procurando estabelecer bases mais científicas para a pesquisa social, sua teoria surge da própria pesquisa empírica, isto é, dos fatos que vai observando no processo do trabalho.
Mesmo que os conceitos não estejam explícitos e definidos ao longo do texto, pode-se perceber a influência da sociologia e antropologia da época e do lugar em que o trabalho foi realizado. Quando poderia ter usado os conceitos de desorganização, aculturação e assimilação, Whyte se limita a falar de adaptação, ajuste e etc., o que mostra de certa forma sua originalidade e autonomia no trabalho.
Se há críticas negativas a serem feitas, elas mesmas são apresentadas pelo próprio autor no anexo A do livro. Poderia se acrescentar que em certos momentos os diálogos e as descrições se tornam longas demais para certos leitores não muito dados a este tipo de leitura.

Eugênio José Bras - bolsista de doutorado do CNPq

Conferência Internacional: Cooperação Amazônica e Educação Superior para um Desenvolvimento Humano Sustentável

A Universidade Federal do Pará será a instituição anfitriã da próxima Assembléia Geral da Associação de Universidades Amazônicas (UNAMAZ), que completará vinte anos de fundação. As comemorações dos 20anos da Unamaz se realizam no âmbito dos 50 anos de fundação da Universidade Federal do Pará, dos 35anos do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA/UFPA), e integram as atividades da Cátedra UNESCO de Cooperação Sul-Sul para o Desenvolvimento Sustentável, criada na Ufpa em setembro de 2006.
O evento central da efeméride é a realização da Coonferência Internacional Cooperação Amazônica e Educação Superior para um Desenvolvimento Humano Sustentável, no Hotel Sagres de 23 a 26 de setembro de 2007.
A conferência objetiva fundamentalmente, realizar uma analise do desenvolvimento da Educação superior na Pan-Amazôia durante os últimos 20naos, com intuito de fornecer subsídios à conferência regional da UNESCO/IESALC de Educação Superior da América Latina e o Caribe que se realizará em 2008 na Colômbia. Participarão da Conferência de Belém especialistas, professores e pesquisadores de todos os paises amazônicos, e será aberta ao público, inscritos na secretaria de eventos.


Além da Conferência será realizada a VIII Assembléia Geral da Unamaz, de 21 a 23 de setembro, da qual participarão as instituições membros da Associação, e o II encontro das Reservas da Biosfera da Amazônia, de 27 a 28 de setembro do qual participarão técnicos e representantes das oito reservas da Biosfera existente na Pan-Amazônia.


Valor da Inscrição: R$20,00


Informações:
Secretaria de Eventos: sala 7/ térreo NAEA
(091) 32017232
e-mail: eventos_naea@ufpa.br
Nazaré Santos
Cátedra UNESCO-UFPA: sala 216, setor pe4squisa do NAEA/UFPA
Albano
(091) 32017951 / 7496
fax (091) 32017677
e-mail> unamaz_20anos@yahoo.com.br

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

CenDoTec

O Centro Franco-Brasileiro de Documentação Técnica e Científica foi fundado em 1978 como um espaço destinado a promover a cultura científica francesa. Inicialmente integrado à extinta rede de Cedusts, o CenDoTeC passou por diversas fases desde a sua implantação. A principal missão do CenDoteC é estimular as cooperações bilaterais e regionais no âmbito da ciência e da tecnologia. Suas atividades buscam facilitar e desenvolver o fluxo de informações científicas, técnicas e universitárias entre a França e o Brasil.Sob o ponto de vista francês, é considerado pelo Ministério das Relações Exteriores — que provê a maior parte dos seus recursos — um estabelecimento com autonomia financeira desde 1983. Já no Brasil, é, desde 1978, uma associação sem fins lucrativos de amplitude federal.
No CenDoTeC também estão instalados o Cirad/Prosper (projeto de cooperação bilateral e regional no setor de alimentos) e a ASPEF (Associação Paulista dos Antigos Alunos e Estagiários das Escolas Francesas), uma entidade de fomento às relações franco-brasileiras.
Além de produzir diversos dossiês temáticos em português e em francês de interesse para a cooperação universitária franco-brasileira, o CenDoTec possui duas importantes publicações eletrônicas:
França Flash e Francia Flash - Boletim mensal em português e em espanhol sobre a cooperação França-Brasil e Cone Sul e notícias sobre a França técnica, científica e universitária.
BE – Bulletin Electronique – Boletim quinzenal em francês sobre ciência e tecnologia do Brasil para a França.


Para mais informações: www.cendotec.org.br

CampusFrance


O CampusFrance é a agência de informação sobre estudos superiores na França vinculada aos Ministérios franceses da Educação e das Relações Exteriores.
A Agência foi criada em 1998 com o objetivo de promover o ensino superior francês e orientar os estudantes brasileiros em relação às possibilidades de estudos na França. Desde março de 2007, acrescentou novas atividades às já desempenhadas anteriormente, tornando-se o canal privilegiado de comunicação entre os estudantes brasileiros e as instituições francesas de ensino superior, além de um procedimento pré-consular para obtenção do visto de categoria estudante.
As principais missões do CampusFrance são:
*Orientar os estudantes que desejam realizar seus estudos superiores na França quanto aos procedimentos de candidatura e seleção das instituições francesas de ensino superior;
*Oferecer aos estudantes uma variedade completa de serviços desde a busca de informação até a partida efetiva para a França;
*Analisar o projeto de estudos mediante uma entrevista pessoal, pré-requisito para a solicitação do visto de estudante.
No Brasil, as atividades do CampusFrance são coordenadas pelo CenDoTeC, Centro Franco-Brasileiro de Documentação Técnica e Científica.

Para mais informações, acesse o site http://www.brasil.campusfrance.org/

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Sua instituição tem um projeto inovador?

A Fundação Elsevier, fundação corporativa com foco em conhecimento, está concedendo bolsas e contribuições em todo mundo nas áreas de ciências, tecnologia e medicina. Para saber mais sobre as inscrições, clique no link abaixo:

http://www.elsevier.com.br/bibliotecadigital/fundacao/fundacao_br.htm

Curso: Experiências Urbanísticas das Cidades de Buenos Aires e Recife


segunda-feira, 3 de setembro de 2007

O desafio de implementar o Estatuto da Cidade - Oficinas de Capacitação - 08 e 09/10/2007 - Brasília (DF)

O desafio de implementar o Estatuto da Cidade - Oficinas de Capacitação - 08 e 09/10/2007 - Brasília (DF)


A Comissão de Desenvolvimento Urbano, o Ministério das Cidades e o Lincoln Institute of Land Policy (LILP) promoverão, nos dias 8 e 9 de outubro, 13 Oficinas de Capacitação para tratar dos temas mais críticos decorrentes das aplicações práticas, das recomendações e dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade. As oficinas serão ministradas por eminentes especialistas que conciliam profundo conhecimento dos temas e experiência concreta no enfrentamento de problemas urbanos. Os cursos fazem parte da VIII Conferência das Cidades, promovida pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados, que ocorrerá em Brasília entre os dias 9 a 11 de outubro de 2007.


Local: Câmara dos Deputados - Anexo II/Plenário das Comissões – Brasília (DF)Público-alvo: parlamentares, gestores e técnicos municipais e lideranças sociais que atuam na regulamentação e implementação dos instrumentos do Estatuto da Cidade.Vagas por oficina: 60 (sessenta)